Mesmo afastado da política desde que deixou o cargo de primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair continua atraindo os holofotes. Ele recebeu mais uma homenagem só que, ao contrário de tantas outras, essa não é exatamente positiva: uma passagem de sua autobiografia A Journey, ou Uma Jornada, em português, concorrerá ao prêmio de pior cena de sexo do ano da revista Literary Review.
Blair conta, no texto, como precisou do apoio de sua mulher, Cherie, ao ser informado da morte de John Smith, líder do Partido Trabalhista e a quem ele substituiu. Leia a tradução da cena: naquela noite (12 de maio de 1994), ela me balançou nos seus braços, disse o que eu precisava ouvir, me apoiou (…) naquela noite, eu precisava do amor que ela me deu, egoisticamente. Eu a devorei para que me desse forças. Eu era um animal seguindo meu instinto.
A indicação da autobiografia do ex-premiê é inédita, já que nunca antes um livro não-ficcional participou do “prêmio”, já concedido a autores de renome, como Ian McEwan (por “Solar”), Jonathan Franzen (por “Freedom”) e Martin Amis (por “The pregnant widow”).