As autoridades sanitárias da Flórida informaram nesta quarta-feira que cinco pessoas contraíram o vírus do Nilo Ocidental, uma espécie de encefalite causada pela picada de mosquitos, embora quatro já receberam alta nos hospitais onde estavam internados.
Os casos foram detectados no condado de Duval, no litoral nordeste da Flórida, e correspondem a um homem e uma mulher de 57 e 52 anos, respectivamente; um homem de 61 anos e duas mulheres de 49 e 64 anos.
Trata-se de um vírus que se propaga mediante a picada de mosquitos que previamente se alimentaram de pássaros infectados e os sintomas compreendem desde febre, dores de cabeça, rigidez de pescoço, dores de estômago, peito e costas, e pode causar a morte.
Os casos de vírus do Nilo no nordeste do estado são pouco frequentes: em 2009 só se registrou um e na última década só se produziram duas mortes por este vírus, em 2003 e 2005.
As autoridades locais começaram em julho a fumegar com aviões C-130 diversas zonas do sul da Flórida que estão infestadas por mosquitos, em uma temporada considerada propícia para sua aparição, com chuvas constantes.
As operações de fumigação se iniciaram um dia depois que o Departamento de Saúde de Miami-Dade informasse que uma galinha no nordeste do condado foi detectada com o vírus do Nilo.
O Departamento de Controle de Mosquitos de Broward (ao norte de Miami) fumegou algumas áreas do noroeste do condado como Coral Springs, Tamarac, Sunrise e Plantation.
No condado de Miami-Dade, as fumigações também foram feitas com um avião C-130 que decolou da base área de Homestead.
O vírus do Nilo Occidental apareceu em 1937 em Uganda e ressurgiu na década de 1990 em consequência da seca na África, de onde passou aos Estados Unidos em 1999, ano em que se detectaram os primeiros casos em Nova York.