O presidente da Guatemala, Álvaro Colom, classificou como “crimes contra a humanidade” os experimentos feitos entre 1946 e 1948 pelos Estados Unidos, que infectaram guatemaltecos intencionalmente com sífilis e gonorreia, e pelos quais Washington pediu perdão nesta sexta-feira.
Colom assegurou que será realizada uma “profunda investigação” dos fatos, que afetaram mais de 1.500 pessoas, e antecipou que o país analisa apresentar uma denúncia para exigir ressarcimento dos EUA.
Segundo o presidente, a maioria das vítimas foi de soldados, presidiários, prostitutas e doentes mentais.
O líder ordenou a seus ministros da Saúde, Defesa e Governo que localizem e resguardem os arquivos dos anos em que ocorreram os experimentos, para que sirvam de base a uma pesquisa em conjunto com o Governo americano.
Além disso, Colom declarou estar ciente de que os experimentos “não fazem parte da política do atual Governo” dos EUA, e que pretende, junto com altos funcionários da Casa Branca, fazer uma investigação do episódio.
Em comunicado assinado também pela secretária de Saúde dos EUA, Kathleen Sebelius, a secretária de Estado, Hillary Clinton, se desculpou hoje com a Guatemala pelos experimentos, classificados como “antiéticos”