O rapazote maroto, a garotinha serelepe, todos ficaram eufóricos e histéricos porque encontraram seus nominhos na lista de aprovados no vestibular.

Aí a calourada dorme mal ansiosa pelo primeiro dia de aula. Dessa vez não vai ter chororô no colo da mãe como aconteceu no Pré I. O colegial acredita que virou adultinho porque tem uma matrícula universitária na gaveta. E quando chega ao campus, percebe que pode ser a hora mais juvenil de suas vidas.

Hordas de veteranos (as) atacam seus bixos com uma selvageria que chega a inverter os papéis. Tinta é aplicada sem pudores na pele dos novos alunos, tesouras cortam a cabeleira dos Zezés, e o que sobra é hidratado com ovo, farinha, e produtos variados. Tudo em nome da integração entre novos e velhos alunos.

Infelizmente, há situações que saem do controle e a “hierarquia” de turmas se transforma em abuso de autoridade. Não são raros os casos de humilhação e até agressão física. Muitas vezes relacionados com o consumo desenfreado de bebidas alcoólicas, o trote chegou a ser proibido em algumas instituições.

Então aí vão cinco dicas de comportamento para veteranos aproveitarem a carne fresca no dia do trote:

1- Bebida alcoólica: Vamos abrir com um quesito polêmico e um dos mais fáceis de lidar. Quem está acostumado a beber, vai beber. Quem não está acostumado, mas quer beber no trote, vai beber. Quem não quer beber não precisa ser convencido a tal. Muito menos obrigado. Aos veteranos beberrões irremediáveis que tem um problema de sociabilização com gente sóbria, eu tenho boas novas: sempre vai ter gente bêbada por iniciativa própria para te acompanhar, então relaxa a periquita e deixa os “caretas” em paz, ok? E fique esperto, tem muito menor de idade que não vai saber se comportar, melhor deixar essa garotadinha sóbria mesmo.

2- Tradicional tinta e corte de cabelo: A gente admite que concorda em partes com o epíteto daquela marca de sabão em pó: se sujar faz bem. Mas só é divertido de verdade se é de comum acordo. Os bixos devem estar preparados com roupas descartáveis e devem ser soberanos no grau de envolvimento com as brincadeiras. Zueira é uma delícia se você está disposto a tal. Você tem uma tara contida de trabalhar como cabeleireiro? Escolha rapazes dispostos a participar desse ritual de passagem e todos serão felizes para sempre.

Farinha e ovo não precisamos nem comentar que é um desperdício de alimento completamente desnecessário e absurdo. Se você tem essa tara por comida, leia o próximo tópico:

3- Trote Solidário: Tem coisa melhor do que fazer o bem? Tem, fazer o bem em grupo! Juntar veteranos e calouros em mutirões de doação de sangue, e distribuição de comida certamente vai criar um laço muito mais profundo com seus colegas. Para aquelas turmas que não dispensam um pouco de sujeira, que tal um mutirão de pintura de uma escola? Vai ser tinta para todo lado do mesmo jeito!

4- Trote Cultural: Promova uma sessão de cinema com um filme relacionado ao curso, uma peça de teatro feita pelos veteranos, apresentações musicais, exposições… Isso certamente vai fazer com o que os bixos se sintam menos acuados e bem recebidos em seu “novo lar”. Aposto que todo mundo prefere ver bixos e bixetes soltinhos e sociáveis desde o primeiro dia, não?

5- Aula Magna: É bacana usar patronos da instituição, ex-alunos de renome, profissionais bem sucedidos na área, figurões que não falam para esse público jovem com frequência. Pode ser um evento nobre e importante, como pode ser uma pegadinha maçante e enfadonha para os calouros, o que também tem sua graça. E porque não fazer uma aula trote e deixar os calouros sem entender nada logo no primeiro dia de aula?

Bixos e bixetes, tentem entrar no clima de integração que vale a pena, é divertido. Mas se algum veterano passar da conta com vocês, tenham anotado o telefone do Disque Trote, que recebe denúncias de qualquer tipo de abuso. Lembre-se: ninguém pode obrigá-lo a fazer nada, violência verbal ou física também estão desaprovados, ok?

Disque Trote
0800 012 1090


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Etiqueta no trote universitário – 5 dicas

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