Parece que o segredo da imortalidade sempre esteve muito perto da gente e a gente nem percebeu. Quem diria que uma água-viva pequenininha poderia ter essa capacidade incrível de poder viver eternamente.
A espécie Turritopsis dohrnii, um tipo de água-viva com menos de um centímetro, tem a capacidade incrível de se regenerar quando enfrenta algum risco de vida.
Mesmo sendo descoberto no século 19, os cientistas não tinha percebido essa habilidade incrível até o fim dos anos 90. Ao que tudo indica, quando essa espécie passa por stress, lesiona-se ou está passando por um período de extrema fome, ela simplesmente volta para o estado jovem de desenvolvimento. Seria como se nós voltássemos a ser criança caso passássemos fome ou perdêssemos um membro. Dessa forma, poderíamos nos desenvolver novamente – no caso desses incríveis invertebrados, é possível regenerar até membros perdidos. Quando essas águas-vivas regressam ao estado juvenil, suas células podem se transformar em qualquer outro tipo de célula que elas precisem.
Mas essa habilidade não quer dizer apenas que essa espécie pode viver para sempre: ela também pode viver em qualquer lugar. Águas-vivas geneticamente idênticas foram encontradas fora de seu habitat natural, possivelmente levados por navios cargueiros. Apesar de geneticamente idênticas, as espécies fora do habitat natural desenvolveram adaptações para o clima em que foram encontradas.
Obviamente os cientistas já estão estudando profundamente essa espécie e toda sua capacidade. Eles descobriram que enquanto essas águas-vivas estão em estado juvenil, elas são tão vulneráveis quanto qualquer animal – a habilidade só surge após o amadurecimento total do animal.
As chances de essa habilidade ter aplicações humanas são mínimas, infelizmente. O corpo humano é muito mais complexo do que o de uma água-viva, o que torna o processo extremamente mais complexo também. Mas a tecnologia está avançando a uma rapidez nunca antes vista… quem sabe, né?