Estíbaliz Carranza, a espanhola suspeita de ter matado e esquartejado seu ex-marido e um ex-namorado em Viena, afirmou em entrevista publicada nesta terça-feira que os dois homens eram “brutais e cruéis”.
“Meus ex-companheiros bebiam e eram brutais e cruéis, tínhamos brigas frequentes, especialmente quando havíamos bebido”, declarou ao jornal austríaco News a mulher de 32 anos, que está em prisão preventiva na cidade italiana de Trieste à espera de sua extradição à Áustria.
A espanhola é suspeita da morte do ex-marido em 2008 e de um ex-namorado em 2010 e de ter ocultado seus corpos em vários recipientes no porão da sorveteria que gerenciava em Viena, onde foram localizados em 6 de junho.
Carranza afirmou que sua situação na cadeia feminina é “suportável”, mas que está presa em uma pequena cela com outras quatro mulheres e duas delas têm “ataques histéricos”.
Por estar grávida de dois meses, Estíbaliz foi transferida para uma cela de não-fumantes e explicou que já foi duas vezes ao hospital para exames de rotina.
Sobre sua fuga desesperada à Itália em um táxi depois dos corpos dos ex-companheiros terem sido encontrados por dois homens que estavam fazendo obras no porão, disse: “Entrei em pânico e meu único pensamento foi escapar para o sul”.
A mulher também afirmou ao jornal que a forma como seu caso foi abordado na imprensa a deixou magoada. “Me doeu ler o que foi dito por alguns meios de comunicação, os nomes que me deram, como ‘bruxa da morte’ e ‘lady killer'”, lamentou.
Devido a essa “caçada midiática”, declarou ter “dúvidas” sobre a possibilidade de ter um julgamento justo: “Fui perseguida como um animal selvagem”, avaliou.
A espanhola também relatou ter saudade de seu atual marido, Ronald, com quem pretende formar uma família. Ao ser perguntada sobre como será sua vida caso seja absolvida, respondeu: “Um vida ao lado de Ronald, como dona de casa”.