Pra ler ouvindo:
Hoje, dia 24 de junho, é Dia Mundial do OVNI. Seria a data ideal pra um avistamento coletivo de OVNIs ou para a revelação de que existe, de fato, vida inteligente extraterrestre. Mas isso deve estar longe de acontecer, já que a maioria deles – mais de 90% – são identificados como OVNIs por força das circunstâncias.
“Quando investigados, descobre-se que as pessoas olharam para o céu e não souberam identificar que o que estavam vendo era, na verdade, um avião, um satélite, um balão, um inseto ou um planeta – Vênus é um campeão de ‘identificação’ como OVNI”, explica Carlos Orsi, jornalista especializado em ciência.
Os outros casos, menos de 10% que acabam não sendo identificados, são aqueles que acabam sendo homenageados hoje. De acordo com Orsi, é importante lembrar que é improvável que exista uma explicação única que dê conta de todos esses casos. “Podem ser investigações incompetentes ou incompletas ou eventos genuinamente raros, como fenômenos atmosféricos estranhos e até voos secretos de teste de aviões militares”, explica ele.
Existem grupos de estudiosos que investigam esses fenômenos: os ufólogos. Conversamos com Urandir Fernandes de Oliveira (reparou que as iniciais são UFO?), fundador do Projeto Portal, aquele do ET Bilu, e com Josef Prado, do BURN, o Brazilian UFO Research Network, pra saber quais são os pontos mais favoráveis pra avistamento de OVNIs no país.
De acordo com Urandir, levam vantagens as localizações geográficas que ficam no grau de latitude 19º, tanto ao sul quanto ao norte. Muitos desses lugares têm formações geográficas montanhosas, o que, segundo ele, cria uma intensificação dos campos magnéticos e a criação de um vórtice de energia. Para Josef, os pontos são aleatórios, mas pouca poluição luminosa e bons pontos de observação são essenciais pros avistamentos.
O BURN é mais cuidadoso e se apresenta como um centro de investigação de OVNIs, sem fazer conexão frequente com vida extraterrestre. Não é o caso do Projeto Portal, que afirma manter contato com seres de outros planetas. Carlos Orsi lembra que negar vida extraterrestre e manter-se cético quanto a OVNIs terem qualquer conexão com alienígenas são coisas diferentes.
“O que se nega é que os óvnis sejam uma evidência válida de que existe vida em outros mundos”, diz Orsi. “A associação entre OVNIs e ETs é fruto do nosso clima cultural, da nossa cultura pop. Cada época interpretou as coisas esquisitas que via no céu de acordo com o vocabulário de sua cultura dominante: na Idade Média, cometas eram sinais de Deus, por exemplo. Hoje em dia, associar o desconhecido à tecnologia parece mais plausível que ao misticismo ou à religião, então a crença em óvnis alienígenas é mais socialmente aceita do que imaginar que sejam anjos ou dragões, por exemplo”, esclarece.
Nós queremos acreditar e, se você também quiser, prepara a câmera e as malas pra visitar esses lugares, indicados pelos especialistas: