No dia 20 de setembro de 1835 começava a Revolução Farroupilha (ou Guerra dos Farrapos). A guerra durou dez anos e, desde então, 20 de setembro virou o dia do gaúcho.
Sabendo que existe uma histórinha que todo gaúcho é homossexual, o Virgula decidiu averiguar a história de uma maneira, no mínimo, diferente. Falamos com o ator, humorista e, claro, gaúcho Rafinha Bastos. O cara faz um show contando histórias do cotidiano de uma forma engraçada, é o chamado stand up comedy. Veja só no que deu esse papo.
B&G – O que o Rafinha diria sobre o dia do gaúcho no Clube da Comédia?
RAFINHA – É importante notarmos a diferença de linguagens na questão da homossexualidade do gaúcho. O pãozinho francês, lá, se chama cacetinho. Outro dia, eu cheguei na padaria e pedi um negrinho, que é como chamamos o brigadeiro. O cara falou para mim: se você for ali na esquina tem uma mulher que tem uns quatro, acho que ela te dá um.
B&G – Churrasco para você, tem que ser no fogo de chão?
RAFINHA – Não especificamente. Gaúcho que é gaúcho agüenta o fogo em qualquer lugar.
B&G – Como bom gaúcho, qual a parte do churrasco que você mais gosta?
RAFINHA – Eu gosto do lombo e da maminha.
B&G – Na sua opinião, por que gaúcho tem fama de ser gay?
RAFINHA – A verdade é que o gaúcho não agüenta brincadeira. Se um cara é apelidado de minhoca e ele diz: eu não gosto que me chamem de minhoca, ele vai ser o minhoca pro resto da vida. A maioria dos gaúchos gays veio para São Paulo, aí viraram são-paulinos, alguns palmeirenses…
B&G – Rafinha Bastos, o dia do gaúcho é comemorado no dia do início da mais duradoura revolução armada da história: a Revolução Farroupilha. Coincidência?
RAFINHA – São esses e outros motivos que fazem a gente desconfiar das próprias raízes. Nos fazem pensar hmmm…, o fato é histórico. (risos)
Talvez não tenha dado para tirar a dúvida, que, na verdade, não tem importância nenhuma, afinal, a opção sexual de cada pessoa não diz respeito a ninguém, senão a ela mesma. Mas, pelo menos, umas boas risadas foram garantidas, não?