As autoridades da Índia denunciaram nesta quinta-feira um grupo de aldeões que casaram em segredo dois macacos seguindo o protocolo do matrimônio tradicional indiano no oeste do país.
O casamento dos macacos Raju e Chinki aconteceu na madrugada de quarta-feira, apesar da proibição dos oficiais florestais, que haviam qualificado o fato como uma “atrocidade”, de acordo com fontes citadas pela agência indiana Ians.
“Não sabemos por que os casaram, mas denunciamos os proprietários e eles serão multados”, afirmou à Agência Efe o chefe do Departamento Florestal da turística região do Rajastão.
As respectivas famílias humanas de Raju e Chinki haviam planejado um casamento com todas as honras: o simiesco namorado seria transportado em cavalo até a casa da namorada, na aldeia de Talwas, no distrito de Bundi.
Mas a cerimônia, qualificada como um delito contra a natureza, foi proibida pelas autoridades regionais, e os aldeões decidiram nesta madrugada levar os macacos a uma floresta próxima e casá-los em segredo.
“Eu fui ao casamento. Seguiram quase todos os rituais (hindus), inclusive as sete voltas na fogueira e os votos matrimoniais”, declarou à Ians um aldeão.
Quando os oficiais chegaram à aldeia, o casamento já tinha sido consumado, mas a Polícia capturou os noivos e os levou ao zoológico de Kota, segundo informou à Efe uma fonte da policial.
O proprietário de Raju, Ramesh, disse à agência indiana que tinha treinado o macaco “para se comportar como um humano”, e que enviou convites do casório para mais de 200 pessoas, após obter o sinal verde da família de Chinki.
“Planejávamos trazer Chinki para nossa casa após a cerimônia”, acrescentou Ramesh – na Índia é costume que a jovem esposa passe a viver com a família de seu novo marido após o casamento.
No hinduísmo, o macaco é um animal bem considerado e existe um deus, Hanumán, que é representado como um símio e conta com uma grande massa de fiéis por todo o norte do país, mas não é raro que estes animais sejam usados em espetáculos de rua.
Tanto a Polícia como os oficiais do Departamento Florestal afirmaram que o casamento é um fato “muito estranho” e que nunca tinham visto nada parecido, o que levanta suspeitas que a cerimônia foi organizada por mero divertimento.