Você conhece alguém que tem mania de falar que está deprimido? Provavelmente sim, afinal esse tipo de atitude tem se tornado cada vez mais comum nas rodas de jovens. Chateações, tristezas e angústias fazem parte da vida de todos, mas a depressão se trata de um transtorno mais profundo.
Segundo o dr. Carlos Eduardo Carvalho Freire, psicólogo e professor da PUC-SP, a palavra depressão se banalizou nos últimos tempos e nem todo mundo que afirma estar deprimido realmente sofre deste mal “Depressão é diferente de melancolia”, diz. Mas, como saber se a pessoa está só triste mesmo ou se sofre deste transtorno?
“A tristeza está frequentemente associada a algum acontecimento específico, já a depressão não tem necessariamente algo a ver com um evento na história da pessoa. Além disso, um sinal típico do transtorno é a perda da vida social. Muitos jovens falam que estão deprimidos, mas isso depende de como o jovem consegue assegurar o lugar dele entre os demais. A depressão ataca violentamente a vida social da pessoa, ela se recolhe muito.”, explica o dr.
A depressão ainda pode apresentar certos sintomas físicos, como dores difusas pelo corpo e falta de vitalidade. “A pessoa deprimida enxerga uma impossibilidade de ver um sentido no existir, a ponto de nenhum esforço para viver se justificar. Para o depressivo, tanto os eventos passados quanto uma perspectiva de futuro ficam extremamente inóspitos, pouco convidativos e absolutamente desinteressantes. A depressão se alastra pela vida da pessoa depositando uma atmosfera muito cinzenta e desinteressante.”
Mas calma, existe tratamento para esse transtorno, que varia de acordo com o estágio em que se encotnra o paciente. Segundo Dr. Carlos, o uso de medicamentos é indicado para aliviar o sofrimento da pessoa e é bom que o ela seja encaminhada para a psicoterapia para refletir e analisar o por quê de estar passando por esse processo.
Se algum amigo seu tem andado meio abatido e está se isolando do grupo, tente conversar com ele e encaminhe-o para o tratamento adequado. Lembre-se que nem sempre a tristeza se carazteriza como depressão, mas que se esse quadro se desenvolver, é importantíssimo que a pessoa procure um especialista.
