O verão acaba no próximo dia 20 de março e, nem parece fazer tanto tempo, mas o carnaval já foi há um mês.
Quer dizer, a rotina agora volta pra valer e é chegada a hora de dar adeus à época mais sensual do ano.

Quem sofre com isso são os tais dos “exibicionistas” – aquele pessoal que adora andar com o corpo a mostra, e que com a mudança de estação vai perder uma ótima desculpa para usar o mínimo possível de roupas.

E, claro, sofrem mais ainda todos aqueles que gostam de olhar pros tais “exibicionistas”.
Eles garantem que não são tarados, mas seguem a filosofia do “o que é bonito, é pra se mostrar” e enlouquecem só de pensar num dia quente na praia, cheio de gente ”hot”.

“Perninhas de fora me fascinam”, conta, imitando voz de Alexandre Frota, o estudante Bruno Gama, de 19 anos. Um tanto alcoolizado quando nos concedeu a entrevista, ainda brinca: “ir pra praia e não admirar os biquínis apertados é coisa de transexual!”.

Para Bruno, a sensualidade está intimamente ligada à quantidade de peças de roupa utilizada por uma mulher. “Aúúúúúú”, reage ele, imitando um lobo uivando, perante a foto de uma modelo seminua na capa de uma revista masculina.

Tal tipo de comportamento é condenado pela cantora Pitty – ela mesma -, que ontem, no Chat do Vírgula, contou que não se considera um símbolo sexual.

Pitty comentou sobre o assunto com a reportagem do Boys and Girls: “pra mim o negócio é não ser apelativo. Ser sexy está muito mais relacionado ao jeito que a pessoa leva a vida do que a um decote. Dá pra ser sexy sem ser vulgar”.

Bruno retruca: “é muita hipocrisia chamar de vulgar a menina que usa uma roupinha mais curtinha. Moramos num país tropical, não? É que nem aquela música do carnaval, ‘we are carnaval, we are folia…’ Deixa a mulherada ir até o chão, pô!”.

Há quem leve na brincadeira. Mas as mulheres, em geral, se ofendem com esse tipo de declaração.

Natalia Souza, por exemplo, tem 17 anos e já usou o refrão da música ”Piriguete” no nick do MSN.
No entanto, ainda assim, ela diz não se identificar com a parte do “ir até o chão” das palavras do estudante: “a gente se diverte, provoca um pouco. Só que ninguém aqui é vulgar. Não é uma roupinha um pouco mais curta que eu use que vai me fazer querer ‘dar’ pro menino, vai?”.

Melhor nem publicar a resposta de Bruno Gama para esta pergunta…
Vocês devem imaginar qual foi!


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Dá pra ser sexy sem ser vulgar?

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