Cenas do filme “Titanic” foram revividas nesta sexta-feira (13) quando o cruzeiro Costa Concordia, com 4,2 mil pessoas a bordo, encalhou nas imediações da pequena ilha italiana de Giglio, situada em águas da Toscana.
O navio partiu da cidade italiana de Savona para empreender um cruzeiro pelo Mediterrâneo, com previsão de passar por outras três cidades da Itália, além de Barcelona (Espanha) e Marselha (França), antes de retornar a Savona.
Entre as pessoas a bordo estão mil italianos, 500 alemães e cerca de 160 franceses, além disso de mil membros da tripulação.
Por volta das 21h30 locais (18h30 de Brasília), duas horas após sair de Civitavecchi, a embarcação se encontrava nas cercanias da ilha de Giglio quando a luz apagou e pôde ser sentida uma grande colisão, relataram os náufragos à imprensa italiana.
Por sua parte, a companhia Costa Crociere, proprietária do cruzeiro Costa Concordia, assegurou que ainda “não é possível definir a causa do problema ocorrido”.
Os periódicos cifram entre três e oito o número de mortos no incidente e, segundo a agência de notícias italiana “ANSA“, a retirada dos últimos passageiros vem enfrentando dificuldades. Ao menos 70 das 4.229 pessoas a bordo do cruzeiro ainda estão desaparecidas.
Entre os passageiros havia 52 crianças menores de seis anos, detalhou o político da ilha vizinha de Giglio, em frente ao litoral onde o navio encalhou.
Além dos três óbitos, nenhum ainda identificado, há 40 feridos internados em hospitais da região, dois com gravidade: um com traumatismo craniano e outro com ferimento causado por um golpe nas costas.
O “Costa Concordia“, de 114,5 mil toneladas de peso, pertence à frota da Costa Cruzeiros, a maior da Europa e de bandeira italiana, com 15 navios e capacidade de 41 mil passageiros.
A companhia foi a primeira do mundo a receber “Green Star“, um reconhecimento ambiental.
Após o choque, os passageiros foram advertidos pelo capitão de que se tratava de um problema elétrico, mas logo o navio começou a inclinar e todos a bordo colocaram os coletes salva-vidas e se postaram perto das lanchas de emergência.
Quando as pessoas perceberam que não se tratava de um problema elétrico e que estava entrando água na embarcação, houve momentos de pânico e muitos empurrões no momento de realizar o embarque nos botes salva-vidas e nas lanchas dos bombeiros de Civitavecchia e Livorno.
O pároco de Giglio abriu as portas da igreja de San Lorenzo e Massimiliano para acolher os passageiros, muitos deles mulheres elegantemente vestidas com sapatos de salto na mão e crianças chorando.
Quase todas as pessoas já foram levadas para terra, mas a pequena ilha de Giglio não tem condições de abrigar os 4,2 mil viajantes, pelo que todos devem ser transportados ao elegante porto de Santo Stefano, na região da Toscana.