Mais que uma função estética, as tatuagens de cadeia podem representar traços da personalidade do criminoso, histórico no crime, facções e região de atuação.
Na década de 1920, o psiquiatra Moraes Mello decifrou mais de três mil desenhos usados por presidiários no Carandiru, que eram meios de comunicação e identificação entre os presos. Imagens como a de Nossa Senhora, caveiras, sereia, palhaço entre outras artes podem estar relacionadas ao crime.
As tatuagens nas cadeias evoluíram, afirma o tatuador Eik Rossas, do estúdio Tattoo You e Barbearia Corleone. Até os anos 1980, os detentos se tatuavam de forma precária. Em meados da década, porém, os presos começaram a ter acesso a máquinas profissionais e tintas apropriadas para a pele.
Um estudo feito em 2011 pela Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA) apurou que mais 60% da população carcerária masculina no Brasil tem alguma tatuagem, sendo que 20% fizeram durante cumprimento de pena.
Significados de tatuagens na cadeia no Brasil e no mundo
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