Anúncios coloridos, lojas enfeitadas e vitrines chamativas movimentam o comércio na próxima sexta-feira, para a conhecida Black Friday com ofertas convidativas. E nada disso é por acaso. As cores carregam o poder de ativar diferentes áreas cerebrais relacionadas à impulsividade que estimula sensações e emoções e, quando bem trabalhadas, podem incentivar a compra “involuntária”.
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O médico neurocirurgião e neurocientista Dr. Fernando Gomes explica que o cérebro trabalha com o sistema de recompensas e às vezes as cores podem estar ligadas à memória de algo que foi prazeroso, fazendo com que a pessoa apresente a tendência de adquirir produtos com aquela tonalidade, por remeter a algo feliz que ela viveu.
“Embora os sentimentos sejam subjetivos, algumas percepções são universais. Por isso é possível entender porque o vermelho é a cor do Natal e está presente em logotipos e vitrines de grandes marcas já que essa cor ativa a área das amígdalas no cérebro e inspira energia, emoção e dinamismo. Já a cor preta, comumente vista nos anúncios da Black Friday, também é percebida nessa mesma região cerebral, mas transmite nobreza, requinte e aciona a memória emocional”, explica.
Já no clima da Copa do Mundo, o neurocientista fala que verde e azul são compreendidos por uma outra área do cérebro, o córtex pré-frontal, que ajuda na tomada de decisões e nas respostas afetivas.
Por isso, ele faz um alerta: “É bem mais difícil encontrar lojas e marcas que tenham a cor branca como predominante, pois assa “ausência” de cor é percebida pelo cérebro no córtex frontal esquerdo, uma área responsável pelo pensamento lógico e promove a sensação de calma que atenua a vontade de comprar”, finaliza o neuro que deixa algumas dicas para não se deixar levar pelo desnecessário.
- Fazer uma lista daquilo que é realmente necessário ser comprado ajuda o cérebro a manter o foco e esse é um dos maiores aliados que o cérebro pode ter;
- Praticar o auto controle através da busca pelo menor preço também é um exercício mental importante;
- A sensação de perder o controle pode ser um gatilho para doenças, como a depressão e isso é comum em pessoas que contraem dívidas;
- Presentear uma pessoa que se ama ajuda a criar um processo automático para o cérebro que torna o ser humano mais empáticos. “Fazer bem aos outros acaba nos fazendo bem também, ainda que isso custe dinheiro”, finaliza Dr. Fernando.
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