Especialistas de diferentes Estados da União Europeia participam nesta segunda-feira (28) da primeira conferência europeia sobre bem-estar dos cachorros e gatos, onde se discutiu as questões de criação e comercialização, muitas vezes ilegal.
O delegado europeu de Saúde e Consumo, Tonio Borg, explicou que, a partir dos resultados da conferência e de um estudo que a Comissão vai realizar, Bruxelas considera “que mais ações são necessárias para melhorar o bem-estar dos animais de estimação e a transparência da informação para os consumidores”.
Participaram representantes das instituições europeias e dos governos, veterinários, membros de ONGs e professores universitários, que examinaram a situação dos animais de estimação em diferentes países e as dificuldades que a falta de uma legislação homogênea coloca.
Borg explicou que, segundo dados da Comissão Europeia, o número estimado de cachorros e gatos na UE ronda os 100 milhões.
Os Estados-membros tem seus próprios padrões e políticas nesse âmbito. Para o delegado, tornar comum as melhores práticas e a cooperação “pode ajudar a encontrar uma solução adequada” aos problemas, que incluem a comercialização ilegal e a seleção genética de algumas raças.
Os participantes consideraram “alarmante” o aumento do comércio ilegal de animais na União Europeia, um negócio que pode gerar lucro semanais de até 50 mil euros e cujas sanções são “mínimas”, explicou Thomas Meyer, secretário-geral da Federação Europeia da Indústria dos animais de estimação.