Para os apaixonados pela exótica cozinha oriental, a variedade de pratos é grande, mas o principal pedido, aquele que nunca falta nas mesas, continua sendo o sushi, que é feito de arroz com recheios variados. O sashimi, iguaria que consiste em peixes e frutos do mar frescos servidos em fatias finas com shoyu, tradicional tempero japonês à base de soja, e wasabi (pasta verde picante), não aderiu às modernas combinações com carne de cavalo, bovina, de frango ou às formas vegetarianas.

A nutricionista do Centro Integrado de Terapia Nutricional, Amanda Epifânio Pereira, afirma que a comida japonesa pode ser completa em termos nutricionais. “O arroz supre nossas necessidades de carboidrato, nutriente essencial para qualquer dieta. Os peixes ou frutos do mar, além de serem proteínas de excelente valor nutricional, são fontes importantes de cálcio, sódio, potássio, fósforo e vitaminas do complexo B. Peixes como salmão, sardinha e arenque, contêm a chamada gordura do bem ou o ômega-3, uma gordura que exerce um efeito protetor cardiovascular. E os legumes completam as necessidades nutricionais com vitaminas e minerais”, diz.

Fugindo do bairro oriental da Liberdade e se instalando no Itaim Bibi, o cardápio do restaurante Nagayama segue a milenar tradição gastronômica japonesa. Inaugurado em 1988 por Mário Nagayama, especialista em cozinha japonesa, o badalado restaurante congestiona um trecho da Rua Bandeira Paulista, principalmente nos finais de semana.

Segundo o gerente Marcelo Alves da Silva, alguns clientes freqüentam diariamente o restaurante. Amanda Epifânio diz que não há problemas em comer comida japonesa diariamente, porém ressalta que as frituras devem ser evitadas. “Uma dica importante para evitar excessos em restaurantes japoneses é escolher pratos combinados, em vez das opções de rodízio.” O chef do restaurante, Esmeraldo Dantas de Jesus, garante que os vegetarianos também podem freqüentar o Nagayama, pois são servidas saladas e combinações com diversos legumes.

Na porta ao lado do restaurante, há o Nagayama Café, um ambiente freqüentado por um público mais jovem, com música mais alta e menos variedades de comida. “É o lugar da paquera”, define o gerente.

O chef Esmeraldo acredita que o sucesso do local se dá devido à tradição que é mantida e também à curiosidade dos jovens em relação a esse tipo de comida. “Tem gente que pensa na estética para comer, pois é uma comida mais leve, mas depois bebe muito, muita cerveja… aí não adianta”, conta. O gerente também dá uma dica: “Para acompanhar a comida, o ideal é saquê, mas temos também vinhos e caipirinha”.

Conforme a tradição, uma das bebidas mais consumidas pelos japoneses é o chá verde, que tem efeito antioxidante devido às substâncias denominadas flavonóides, também presentes no chocolate amargo, no vinho tinto, nas frutas vermelhas e na cebola. Quanto ao consumo regular e prolongado do chá verde, Amanda afirma: “Os efeitos mais importantes têm sido evidenciados na prevenção de quadros de demência, na proteção cardiovascular e na longevidade”.

Sabe-se que o povo japonês vive muito. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, as mulheres japonesas têm a maior expectativa de vida do mundo, com 86 anos, enquanto a dos homens é a segunda do mundo, 79 anos – ficando atrás de San Marino.

Mas o Nagayama Café também oferece Temaki, fast-food que se alia à tradição. Hoje em dia, o Temaki vem conquistando os apreciadores e curiosos da culinária japonesa. Ele nada mais é do que um sushi maior com mais diversidade de ingredientes e que em vez de ser enrolado na esteira, é feito com as mãos, no formato de um cone. São muitas as temakerias espalhadas por São Paulo, como por exemplo as redes Yoi Roll’s & Temaki, Temakeria & Cia, Ícone Temakeria, entre outras.

Apesar dos pratos serem típicos, as sobremesas, em sua maioria, não são. Segundo o chef Esmeraldo, a mais japonesa é o Anmitsu, sobremesa refrescante que contém doce de feijão, gelatina de alga, frutas e sorvete.

A nutricionista faz um alerta sobre o molho de soja. “Ele contém açúcar e sódio, nutrientes esses que devem ser consumidos com moderação por pessoas com pressão alta ou diabetes.”

Confira os comentários da nutricionista sobre algumas receitas japonesas


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Comida japonesa é elogiada pelos nutricionistas

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