Uma popular clínica de cirurgia plástica do bairro de Gangnam, em Seul, foi multada nesta quinta-feira (23) em mais de R$ 6 mil por exibir fragmentos de ossos extraídos de seus clientes em uma torre decorativa, informou o jornal sul-corenano “Chosun”.

A inusitada escultura consistia em uma caixa de vidro onde se amontoavam duas mil peças ósseas de mil clientes que se submeteram à popular operação de redução de mandíbula, detalhou o jornal.

Os ossos, cada um deles com o nome de seu proprietário gravado (geralmente proprietária), eram exibidos no saguão da clínica como um modo de destacar a habilidade do cirurgião com o bisturi na hora de moldar os rostos de seus pacientes.

No entanto, a administração de Gangnam considerou que a prática descumpre as leis sobre eliminação de resíduos médicos e hoje multou a clínica com uma sanção de 3 milhões de wons (R$ 6.685), além de obrigar o proprietário a retirar a torre.

As autoridades desse distrito de Seul anunciaram a sanção depois que a fotografia da escultura óssea, exibida com orgulho no site da clínica, transformou-se nesta semana em um fenômeno viral na Coreia do Sul e um cidadão anônimo apresentou uma denúncia.

Segundo o jornal sul-coreano, após ser interrogado pelas autoridades, o proprietário da clínica alegou desconhecer que era ilegal exibir uma obra deste tipo e imediatamente aceitou retirá-la.

A redução de mandíbula, muito popular entre as jovens sul-coreanas, é uma operação que consiste em retirar alguns ossos do maxilar para moldar a forma do rosto.

De acordo com um cirurgião de outra clínica do distrito de Gangnam, o procedimento dura menos de uma hora e custa cerca de US$ 4 mil (aproximadamente R$ 9 mil).

Na Coreia do Sul, cuja sociedade é caracterizada por uma feroz competitividade, um grande número de jovens passa por cirurgia plástica a cada ano, geralmente sob a crença de que melhorar sua aparência física abrirá mais portas, tanto no âmbito pessoal como profissional.


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Clínica de Seul é multada por exibir torre de ossos de seus pacientes