Essa aconteceu na cidade de São Paulo. Um pintor de paredes embriagado sentiu-se ofendido porque duas balconistas não serviram a dose de uísque que pedira, sacou um revólver e ameaçou as vítimas, quarta-feira (24) à tarde, no bairro do Belém. “Tenho dinheiro”, esbravejou. Policiais militares o detiveram, às 14h, quando ainda bebia apoiado no balcão, e apreenderam a arma que estava municiada.
Já fazia alguns dias que o pintor de paredes A. C. Q., 44, entrava num bar da Rua Visconde de Parnaíba, dava uma olhada, se apoiava no balcão e falava para as duas balconistas do estabelecimento: “Tenho dinheiro para gastar, mas não quero nada”. Depois, saía tranquilamente, mas quando chegava à rua parava e olhava para trás, deixando as balconistas apreensivas.
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Na quarta foi diferente. Ele entrou no bar, apoiou os cotovelos no balcão e pediu uma dose de uísque às balconistas, que estavam almoçando. Mas como parecia embriagado, as mulheres continuaram a almoçar e fingiram que não tinham ouvido o pedido do cliente.
Irritado e ofendido, o pintor bateu no balcão, sacou um revólver da cintura e gritou: “Vocês acham que sou otário, que estou brincando? Eu tenho dinheiro!” Uma das balconistas levantou rapidamente, pegou uma garrafa de cerveja e serviu o cliente ofendido. Até se esqueceu que o pedido era de uísque e não de cerveja, mas o pintor não reclamou do engano e aceitou a cerveja.
A irmã de uma das vítimas viu a cena e ligou para o 190 e logo chegou ao bar uma viatura da 1ª. Cia. do 51º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (51º BPM/M). Os policiais encontraram o pintor ainda apoiado no balcão e bebericando a cerveja.
O revólver Taurus calibre 38, em mau estado de conservação e municiado com quatro cartuchos intactos, estava na cintura de A., que exalava odor etílico. “Me senti ignorado”, desabafou. Levado para o 81º Distrito Policial (Belém), foi autuado em flagrante por ameaça e porte ilegal de arma de fogo/munições de uso permitido. Pior para A.: apesar de todo o seu dinheiro, não terá direito à fiança criminal.
