Uma equipe de cientistas internacionais descobriu, no noroeste da Austrália, um complexo ecossistema fossilizado de micróbios com aproximadamente 3,5 bilhões de anos, uma descoberta que supõe uma das evidências mais antigas de vida na Terra, informou nesta quarta-feira (13) a imprensa local.

Estas estruturas sedimentares induzidas por micróbios ou MISS, que foram achadas em uma zona rochosa chamada Dresser Formation, situada em uma remota zona da região de Pilbara, “poderiam ser a evidência mais antiga da vida na Terra”, disse o cientista da Universidade da Austrália Ocidental, David Wacey.

Segundo a emissora local “ABC“, pesquisas científicas prévias resultaram no descobrimento de microfósseis e de estromatólitos de menor antiguidade do que as estruturas sedimentares encontradas em Pilbara.

Nesse sentido, a descoberta em questão faz com que “as evidências das primeiras formas de vida na Terra sejam situadas milhões de anos atrás” do que era admitido até então, acrescentou Wacey.

“Quando estes micróbios estavam vivos interagiam com os sedimentos nos quais viviam e criavam pequenas comunidades de entreajuda para sobreviver, naquele que devia ser um ambiente muito difícil”, explicou o cientista australiano.

A descoberta mencionada até aqui se caracteriza pela inclusão de “fragmentos de micróbios degradados nos quais não é possível apreciar a forma original”, já que as células não se diferem claramente, embora ainda conserve algum material original.

As rochas sedimentares onde foram encontrados os restos destes micróbios são provavelmente as “mais antigas e mais bem preservadas da Terra”, sublinhou o cientista, que ressaltou que tal descoberta poderia contribuir em várias áreas com a investigação espacial.

Alguns projetos científicos se centram na busca de estruturas de micróbios na superfície de Marte para determinar se, em algum momento, já existiu vida nesse planeta.


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Cientistas encontram evidências mais antigas de vida na Terra