Cientistas finlandeses e suecos descobriram a mutação genética que causa os miomas uterinos, tumores benignos que afetam 60% das mulheres na faixa dos 45 anos, o que consideraram um grande passo para um futuro tratamento.

“Trata-se de um grande passo para compreender por que se formam estes fibromas, e embora ainda seja muito cedo para desenvolver tratamentos específicos, esperamos que este seja o princípio dessa viagem”, afirmou o professor Lauri Aaltonen da Universidade de Helsinque, diretor da pesquisa publicada nesta quinta-feira na revista “Science”.

Os fibromas ou miomas uterinos estão por trás da maioria das operações de histerectomía (retirada do útero que às vezes vem acompanhada da de ovários) em mulheres a partir dos 45 anos.

Embora sejam tumores benignos, aproximadamente metade dos casos causam dor abdominal e um sangramento anormal, e são uma importante causa de infertilidade.

Os pesquisadores da Universidade de Helsinque e do Instituto Karolinska de Estocolmo, estudaram a estrutura genética dos fibromas e determinaram a sequência de mais de 20 mil genes humanos em uma série de 18 tumores. O estudo feito em cerca de 200 fibromas, revelou mutações no gene MED12 em até 70% dos tumores analisados.

O fato de que um número tão elevado de miomas mostre estas mutações alimenta as esperanças de que no futuro possam ser desenvolvidos tratamentos específicos com base nestes resultados, concluiu o estudo.


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Cientistas descobrem mutação genética responsável por miomas