Alimihan Seyiti, uma chinesa da etnia uigur, afirma ter 127 anos, o que se for confirmado por autoridades e representantes do Guinness Book (livro dos recordes) a reconhecerá como a pessoa mais velha do mundo, informou o jornal “South China Morning Post“.
Seyiti, que mora em um povoado próximo à cidade de Kashgar, perto da fronteira da China com os países da Ásia Central, diz ter nascido no dia 25 de junho de 1886, quando o país ainda era governado pela dinastia Qing.
Ela está bem de saúde e contou em entrevista que seus maiores prazeres são cantar e brincar com crianças. A idosa também destacou que tem o hábito de beber água gelada (algo raro na China, pois a cultura oriental acredita que faz mal à saúde).
A idade de Seyiti deverá ser confirmada pela Associação Gerontológica da China, que enviou uma equipe a Kashgar para estudar o caso dela e o de outros centenários locais. Um porta-voz do Guinness Book consultado pelo jornal afirmou que espera a autorização das autoridades chinesas para estudar o caso.
A região de Xinjiang, onde fica a cidade de Kashgar (uma área com grandes desertos e habitada por povos muçulmanos como os uigur) tem fama de ser um lugar do país onde muitos têm vida longa.
Censos nacionais mostram que a região concentra 20% dos centenários chineses, apesar de o número de habitantes corresponder a apenas 1,3% do total da população chinesa.
No entanto, ainda é incerto se o recorde poderá ser homologado pelo Guinness, já que em muitas ocasiões, devido a dúvidas nos registros de nascimentos da China imperial (ou à ausência deles), os casos do país não chegaram a entrar no conhecido livro dos recordes.
A pessoa reconhecida pelo Guinness como a mais velha do mundo é a japonesa Misao Okawa, que nasceu em 5 de março de 1898 e tem 115 anos. Atualmente, segundo registros oficiais confirmados, apenas oito pessoas que nasceram no século XIX ainda estão vivas.