Dois cães eram mantidos presos em uma pequena jaula por até 22h por dia, nos últimos dois anos. Quando encontrados, apresentavam desnutrição e impossibilidade de andar.
Karen e John Anderson, 58 e 62 anos respectivamente, mantiveram dois Staffordshire Bull Terrier em condições terríveis. Eles os mantinham em uma gaiola toda enferrujada, escondida atrás de um sofá velho, num quarto vazio da casa.
Jet, de 10 anos, e Tye, de 12, foram resgatado pela RSPCA (sigla em inglês para Sociedade Real de Prevenção a Crueldade Contra Animais). Seus proprietários foram processados pelo estado inglês.
Kevin Worhington, promotor de justiça, disse que os dois cães foram encontrados “muito magros, com as costelas, a coluna e os ossos do rosto todos visíveis”. Segundo o “Dailymail”, eles eram raramente alimentados e suas patas estavam todas manchadas de fezes e urina. Havia feridas e cicatrizes nas bocas e nos dentes em virtude das tentativas de escapar da jaula.
O casal tinha também outros dois cachorros, da raça Dogue de Bordeaux, que eram tratados como parte da família e dormiam na cama juntos com os donos. Jonathan Conder, o advogado de defesa, alegou que os cães foram separados desse modo pois brigavam.
“O réus concordam completamente que a gaiola era uma acomodação totalmente inaceitável para os caninos”, completou.
Os réus foram condenados a 18 semanas de prisão, a um toque de recolher por 26 semanas e foram proibidos de ter qualquer animal por 10 anos.
“Este caso é horrível. Eu vi as fotos destes dois cães mantidos como prisioneiro. Eu não consigo conceber como um ser humano conseguia dormir noite após noite sabendo que, em sua casa, dois animais sofriam”, disse Bridget Knight, juiz do caso. “Eu acho desesperador”, concluiu.