“Nós somos 99%, mas precisamos do apoio dos que pensam que estamos apenas brincando”, diz a página do grupo no “IndieGoGo”, site que ajuda a financiar iniciativas populares através da internet.
Os responsáveis pela campanha “Suits for Wall Street”, que já arrecadou mais de US$ 2 mil, acham que as pessoas ignoram os manifestantes porque parecem “hippies descuidados”, e propõem aos integrantes do “Ocuppy Wall Street” que vistam roupas para atrair a atenção de “jornalistas e turistas céticos”.
“Na batalha das ideias a estética também importa. A forma como você diz importa tanto quanto o que quer dizer”, assegura o grupo. Para eles, a roupa seria uma “camuflagem na selva de Wall Street”, e permitiria aos manifestantes passar despercebidos e inclusive “saltar o cordão policial”.
O dinheiro arrecadado será usado para fabricar roupas novas e regular outras antigas, que serão divididas entre os manifestantes no dia 15 de outubro.
A campanha “Suits for Wall Street” presenteia quem doar US$ 5 com uma fotografia de um ativista, já quem doar US$ 15 ganha um jogo de três bótons “revolucionários” e o brinde para quem doar US$ 25 é uma gravata.
Os “indignados” deixaram o sul de Manhattan por algumas horas nesta quarta-feira para protestar no Upper East Side, onde vivem alguns dos executivos mais ricos de Nova York. O protesto foi para exigir o pagamento de mais impostos.
Os manifestantes, convocados por sindicatos, grupos de pressão e organizações de direitos civis, visitaram entre outros domicílios os dos executivos-chefes da News Corporation, Rupert Murdoch, e do banco JP Morgan Chase, Jamie Dimon.