Os cuidados com a pele são fundamentais em todas as épocas do ano. Ao mesmo tempo em que devemos nos hidratar, ela precisa transpirar para regular a temperatura corporal. No frio o corpo sofre com o ressecamento, no calor a oleosidade se agrava, pois as glândulas sebáceas e sudoríparas são mais estimuladas.

Os problemas de pele mais comuns são micose e frieiras. O uso contínuo de tênis ao longo do dia, por exemplo, faz com que o pé fique úmido, promovendo o crescimento bacteriano e fúngico na pele e nas unhas. “A micose é muito comum, seja por instrumentos de manicures ou por águas paradas em clubes e academias. Mas tem também a frieira que ocorre entre os dedos. O ideal é que a pessoa use um chinelo de borracha ao freqüentar esses lugares”, diz a dermatologista Denise Steiner.

Uma alternativa para tentar prevenir o aparecimento dessas infecções é alternar o uso de calçados, deixá-los expostos ao sol, usar talco anti-séptico antes de calçá-los e trocar as meias diariamente. Quando estiver em casa, o ideal é deixar os pés respirarem, optando por andar descalço.

Mas fique atento para o suor excessivo, nem sempre ele ocorre por causa do calor. Algumas pessoas podem sofrer com a hiper-hidrose palmar (nas mãos), plantar (nos pés), axilar (nas axilas) ou a crânio-facial (face e couro cabeludo).

Segundo o Dr. José Ribas Milanez de Campos, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica, “normalmente a pessoa que tem hiper-hidrose sofre da mesma forma no frio e no calor, pois trata-se de um estímulo nervoso autônomo que não depende da temperatura”. O sistema nervoso autônomo é involuntário e regula muitas das funções do nosso organismo como, por exemplo, o ritmo da respiração, dos batimentos cardíacos e a produção do suor.

O médico alerta que os profissionais indicados para diagnosticar se uma pessoa tem hiper-hidrose são os dermatologistas, endocrinologistas e cirurgiões do tórax. Estes avaliarão se é necessário ou não fazer a Simpatectomia Torácica, cirurgia em que os gânglios torácicos são ressecados, acabando com o suor. Porém, há compensação desse suor, com menos intensidade, em outras partes do corpo. “A compensação ocorre em três lugares: no abdome, nas costas e na perna”, diz.

Com o calor que tem feito recentemente, o nosso corpo sofre. Segundo Denise Steiner, “algumas pessoas têm alergia ao sol – o que é raro – e chegam a ter urticária, um tipo de alergia que deixa a pele ‘empipocada’ e vermelha”. Ela ainda afirma que só um médico pode diagnosticar um câncer de pele, mas recomenda que as pessoas usem protetor solar constantemente e fiquem de olho em qualquer alteração, como manchas escuras, irregulares e mudança da coloração. “Para os leigos, é recomendável ficar atento a áreas expostas, como mãos e rosto, que apresentam lesões e feridas que nunca cicatrizam.”


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Calor: tempo de doenças de pele. Saiba evitá-las

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