Cachorros da raça shih-tzu foram encontrados em situação deplorável


Créditos: Reprodução/Daily Mail

Uma mulher do Reino Unido foi presa e proibida de ter animais, após deixar seus cachorros em uma situação deplorável. Os três cãezinhos da raça shih-tzu estavam tão peludos e descuidados que mal podiam andar ou enxergar. Restos de fezes e alimentos estavam grudados no emaranhado de pelos dos pobrezinhos, que, obviamente, ficaram doentes. 

Um oficial da RSPCA (uma espécie de Sociedade Protetora dos Animais da Europa) resgatou os cães, que eram obrigados a se arrastar pelo chão, usando as patas dianteiras, devido ao excesso de pelos e sujeira que pesava em seus corpinhos minúsculos. 

Segundo o veterinário que recebeu os animais, este fora o pior caso de abandono já visto por ele. “Eu trabalho no RSPCA há 15 anos e já testemunhei coisas horríveis. No entanto, posso dizer, honestamente, que nuca vi algo tão profundamente deprimente como o caso desses três shih-tzus. Só consegui identifica-los como cães, porque havia pontos visíveis da boca, nariz ou olhos através dos dreadlocks formados por seu pelo e pele”, disse o inspetor Trevor Walker ao “Daily Mail”. 

A dona dos bichinhos, Pauline Kinghorn, de 63 anos, foi indiciada por maus-tratos e respondeu pelo crime no Tribunal de Magistrados de Bedlington, Northumberland. Ela foi acusada de negligencia, ao deixar os cachorros por cinco ou seis meses sem cuidados.

Depois do julgamento, a mulher foi condenada a oito meses de prisão, 12 meses de suspensão e uma ordem de toque de recolher de dois meses – que significa que ela deve permanecer em casa entre 19h e 7h todos os dias, sob “vigilância” de uma pulseira eletrônica que controlará seus passos. 

Segundo o jornal britânico, em 2003, Pauline já havia sido condenada a ficar longe de gatos durante cinco anos, após admitir acusações de não garantir o bem-estar de 12 felinos. Ela também admitiu ter causado sofrimento desnecessário aos três cachorrinhos e a um pastor alemão (que precisou ser sacrificado devido a sua saúde debilitada), entre os meses de outubro e abril deste ano. 

Conforme seu advogado de defesa, a idosa tem problemas de saúde, inclusive, deficiência visual provocada por catarata, e que não tinha ninguém que pudesse ajuda-la a cuidar dos animais. “Este não é um caso de crueldade deliberada, mas, sim, de negligência. Ela não sabia como se virar para obter ajuda”, argumentou o defensor, Paul Watson.

Além das penas já citadas, Pauline também terá de pagar R$850 à RSPCA para cobrir os gastos com o tratamento dos animais, que serão adotados por novos donos. 


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