Bexigas e balões de festa deveriam custar US$ 100 (R$ 180). Pelo menos é o que afirmam cientistas preocupados com a extinção do gás hélio, aquele mesmo, no topo da última coluna da tabela periódica .
O gás utilizado para encher os balões coloridos e fazer com que eles flutuem é um recurso não renovável, e deve acabar em 20 ou 30 anos.
Quem estipulou o “novo valor” foi Robert Richardson, que ganhou um prêmio Nobel por seu trabalho com o hélio-3.
Quando o hélio acabar, não serão os buffets de festa os mais prejudicados, pode ter certeza. Quem vai se dar mal de verdade são hospitais, que utilizam hélio nos scanners de ressonância magnética, por exemplo.
O hélio líquido também serve para resfriar reatores nucleares, para túneis de vento de aerodinâmica, para satélites e naves espaciais.
Mas o culpado por esse problema não é Carl, o velhinho de UP, e os balões de sua casa voadora. Nem é culpa das pessoas que respiram o conteúdo das bexigas para falar com uma voz engraçadinha.
A maior reserva desse gás fica Armadillo, Texas, nos Estados Unidos, que resolveram acabar com seus estoques até 2015 e baratearam o gás mais do que deveriam.
Em 2006 os EUA aprovaram o Ato de Privatização do Hélio, que obriga as reservas a venderem uma determinada quantidade de gás anualmente, independente da demanda real pelo produto.
O hélio é tão leve (2º elemento mais leve do universo!) que “uma vez liberado na atmosfera na forma de balões de festa ele está perdido para sempre, perdido para sempre”, finaliza Richardson.
Então a partir de hoje, antes de estourar a bexiga da festinha da sua irmã, faça uma oração agradecendo à natureza por fornecer esse bem tão precioso par o nosso lazer.