A segunda-feira começou com uma notícia ruim: um homem armado está fazendo 40 pessoas de reféns em um café em Martin’s Place, no centro de Sydney, Austrália. Com o desenrolar do cerco, foi possível identificar algumas possíveis motivações do sequestrador, e uma delas é de que ele talvez seja um extremista religioso muçulmano, dadas as mensagens em árabe sobre Alá que colocou nas janelas do café – embora nada tenha sido confirmado até então.

A contenção começou há mais de 12 horas e até o fim desta matéria não há relatos de feridos. Pelo contrário, desta situação tão preocupante e triste surgiu uma notícia boa.

Tudo começou quando o repórter de TV Michael James tuitou a história abaixo:

 

Nela, uma mulher chamada Rachael Jacobs conta que viu uma senhora, provavelmente muçulmana, retirar seu hijab (aquele lenço que cobre o cabelo das mulheres) ao caminhar pelo metrô, talvez por medo de represálias. Rachael correu atrás dela e falou “coloque-o de volta, eu te acompanho”. A mulher a abraçou emocionada e foi embora. O tuíte foi visto por Tessa Kum, uma escritora, que teve então a ideia de passar adiante a atitude de Rachael.

“Se você costuma tomar o ônibus #373, usa trajes religiosos e não se sente segura: eu caminho com você. Dê reply para saber meus horários”, disse Tessa, que em seguida sugeriu que isso se tornasse uma hashtag para que todos pudessem participar:

A iniciativa se espalhou rapidamente, com várias pessoas compartilhando seus itinerários e se oferecendo para acompanhar pessoas que se sentissem inseguras ao caminhar com seus trajes. A hashtag está em primeiro lugar nos trending topics do Twitter:

Em tempos de discriminação em vários cantos do mundo (como em c e r t o s p a í s e s), esta atitude reforça que há pessoas preocupadas com a segurança e o bem estar cada ser humano. Parabéns, australianos, vocês são demais!


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Baita exemplo! Australianos criam hashtag para evitar o preconceito contra muçulmanos

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