A quantidade de escolas católicas no mundo aumentou em 6.273 desde 2011 até agora, apesar desse número ter diminuído na Europa e América, os dois continentes com maior tradição nesta religião, divulgou a Congregação vaticana para a Educação Católica.
Ao apresentar o relatório “Educar no diálogo na escola católica. Viver juntos por uma civilização de amor”, o cardeal prefeito regional Zenon Grocholewski comparou os números com os do “Annuarium statisticum Ecclesiae” do período 2008-2011 e ressaltou o aumento de novos alunos (2.950.383 mais) nestas instituições educacionais.
Grocholewski destacou o aumento de estudantes católicos na África, na Ásia e na Oceania em 4.973.592, e a progressiva redução na Europa e América, onde o número de estudantes subiu em 2.023.209.
Atualmente há 209.670 escolas católicas no planeta, que contam com um total de 57.612.936 estudantes, segundo dados do relatório.
“A palavra chave que une todos os aspectos analisados pelo documento é o ‘diálogo’. O objetivo final da educação no diálogo intercultural é a construção de uma civilização do amor”, ressaltou Grocholewski.
O cardeal lembrou os dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em 2013 que mostram que 70 milhões de crianças no mundo não têm acesso à educação e destacou a luta da paquistanesa Malala Yousafzai, que sofreu um ataque dos talibãs em outubro de 2012 por batalhar pelo direito ao ensino para as meninas.
“É bom dar eco à voz que ressoou com força na sala da ONU em julho: ‘Uma criança, um professor, um livro, uma caneta podem mudar o mundo. A educação é a única solução'”, disse Grocholewski parafraseando à jovem ativista.