Apenas 1,8% de todas as companhias latino-americanas são dirigidas por mulheres, e das 500 maiores empresas da região, apenas nove são lideradas por uma representante do sexo feminino, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira em função do Dia Internacional da Mulher.
A pesquisa, elaborada pela publicação americana “Latin Business Chronicle“, ressalta que os números são muito baixos, mas não muito distantes das outras regiões do mundo.
Uma das mais recentes incorporações a esse seleto clube de mulheres que dirigem grandes companhias na América Latina é Maria das Graças Foster, que em fevereiro assumiu o controle da Petrobras.
Neste mesmo mês, Isela Costantini também foi nomeada presidente e diretora-executiva da General Motors na Argentina, o que a transformou na primeira mulher a ocupar esse cargo no país.
Além de Graças Foster, o Brasil conta com outras seis mulheres desempenhando postos na presidência e direção geral em grandes empresas, entre elas Dilma Pena, da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Carmem Campos Pereira, da Rede Energia; e Luiza Helena Trajano, da Magazine Luiza.
Completam a lista Anna Christina Ramos, da B2W Varejo, Andrea Cunha, da cadeia Prezunic, e Grace Lieblein, diretora geral da General Motors no Brasil.
As outras duas mulheres que desempenham cargos de responsabilidade executiva na região são Isela Costantini e Invonne Monteagudo, que estão à frente do Sam’s Clube do México.
A direção das empresas “continua sendo um clube fechado”, afirmo Susan Segal, presidente e diretora geral do Conselho das Américas, que agrupa parte das principais empresas internacionais que fazem negócios na região.
Segal acrescenta que “para fomentar mudanças em múltiplas companhias é necessário realizar grande pressão”.