A prefeitura de Amsterdã irá proibir o consumo de maconha nos pátios dos centros educativos e poderá estender o veto a áreas como parques, mas seguirá permitindo que os turistas frequentem os populares “coffeeshops”.
A medida, anunciada nesta quarta-feira (12) pelo prefeito da cidade, Eberhard van der Laan, foi bastante comentada pela imprensa do país.
Segundo Van der Laan, as escolas poderão pedir intervenção policial e imposição de multas se forem descobertos estudantes consumindo maconha nas instalações de algum centro educativo.
Segundo o jornal “Parool“, muitas das escolas da cidade já contam com uma proibição similar, que agora seria aplicada por lei a todos os centros educativos e que além disso poderia se estender a parques e algumas zonas residenciais.
A maconha é proibida legalmente na Holanda, mas a política aplicada no país faz com que a posse e consumo de pequenas quantidades sejam tolerados.
Até agora, as tentativas de restringir o uso da substância nos colégios tinham fracassado já que as autoridades consideravam tecnicamente impossível proibir o uso em determinados lugares de um produto que já é ilegal. As últimas mudanças na legislação nacional sobre drogas, no entanto, permitiriam a opção apresentada pela prefeitura.
Além desta proposta, está previsto o fechamento de um bom número de coffeeshops que estão a menos de 250 metros de centros educativos.
O resto de estabelecimentos que vendem maconha, em todo caso, seguirão abertos aos turistas em Amsterdã, apesar da lei que entrará em vigor no país em 2013, que limita e entrada nestes estabelecimentos aos moradores dos municípios holandeses.
A medida foi aprovada pelo anterior Executivo holandês, que caiu e foi substituído por uma coalizão que conta com a participação dos trabalhistas, tradicionalmente mais liberais no debate sobre a maconha.
O conselho de Amsterdã, dirigido por essa força política, afirmou no mês passado que não aplicaria essas regras. A cidade conta atualmente com mais de 200 coffeeshops, um terço dos que existem no país, e recebe anualmente cerca de sete milhões de turistas, dos quais se estima que aproximadamente meio milhão visite estes estabelecimentos.