A emissora Al Arabiya anunciou nesta segunda-feira, citando uma fonte dos rebeldes líbios, que Khamis Kadafi, filho do coronel Muammar Kadafi e comandante da brigada de elite Khamis, morreu no domingo em combate na Líbia.
A fonte, identificada como um comandante de campo rebelde, afirmou ao canal de televisão árabe que o filho de Kadafi morreu na batalha de Tarhuna, cidade situada a cerca de 90 quilômetros de Trípoli.
Khamis, nascido em 1978, participou como chefe militar da repressão às manifestações que eclodiram no dia 17 de fevereiro na Líbia e que desembocaram em uma guerra civil que praticamente derrubou o regime do coronel.
A organização Human Rights Watch (HRW) destacou nesta segunda-feira que, de acordo com as provas disponíveis, membros da brigada dirigida por Khamis executaram cerca de 45 prisioneiros no último dia 23 em um armazém, sem julgamento.
Segundo um comunicado divulgado em Trípoli, a HRW inspecionou os “restos carbonizados dos esqueletos” de aproximadamente 45 pessoas no último dia 27 de agosto em um edifício contíguo ao quartel militar de Yarmouk, na localidade de Salahaddin, ao sul de Trípoli.
A informação da morte de Khamis Kadafi, que não foi confirmada oficialmente, coincide com o anúncio da Argélia de que nesta manhã três filhos do coronel, Mohammed, Anibal e Aisha, além da primeira esposa do ditador, Sofia, entraram em território argelino.
No dia 30 de abril, Saif al Arab, o filho mais novo de Muammar Kadafi, morreu em um bombardeio da Otan contra o complexo residencial de seu pai em Trípoli.
Se confirmada a morte de Khamis e após a fuga de três dos filhos do ditador, ainda continuariam em paradeiro desconhecido o próprio Kadafi e os filhos Seif al Islam (face midiática do regime), Saadi (ex-jogador de futebol) e Mutasim (chefe do Conselho de Segurança Nacional).