Segundo um estudo realizado pelo Instituto Adolfo Lutz, um em cada quatro produtos vendidos em academias tem esteroides não declarados nos rótulos. Um bom exemplo disso são os suplementos alimentares, vendidos para praticantes de atividades físicas, principalmente musculação.

Foram analisados 111 produtos, na capital e no interior paulista, apreendidos pela vigilância sanitária. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Antibióticos e Hormônios do Instituto Adolfo Lutz, órgão vinculado à Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. A técnica utilizada para análise foi a de screening por cromatografia em camada delgada.

Das 28 amostras que continham esteroides voltados ao desenvolvimento de massa muscular, 7% tinham sais de testosterona na fórmula. O estudo ainda mostrou que 85,6% dos suplementos analisados não apresentavam informações de procedência, 5,4% eram nacionais e 9%, importadas.

Ainda de acordo com a pesquisa, 41% dos produtos estavam em cápsulas, por causa da facilidade na manipulação e incorporação de outras substâncias.

Quando ingeridas sem orientação médicas, essas substâncias podem causar impotência sexual, desordens menstruais, insônia, dor de cabeça, acne, aumento dos níveis de colesterol, problemas cardíacos, crescimento indevido de pelos, aumento de agressividade, engrossamento da voz, aumento da pressão sanguínea e até infarto do miocárdio.


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Academias vendem suplementos com anabolizantes

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