Não alimentar os bichos é uma das regras básicas para quem quer visitar o Zoológico de Pequim, na China. Mas depois do passeio, para desespero das entidades protetoras do animais, os visitantes podem apreciar pratos exóticos como hipopótamo, canguru e cervo no próprio restaurante do zoológico.
Segundo reportagem do jornal britânico Guardian, o restaurante Bin Tang Feng também oferece receitas à base de escorpião, pavão, ovo de avestruz e barbatana de tubarão. O preço dos quitutes varia entre 100 e 1000 yuans (ou seja, entre R$ 27 e R$ 270).
Os proprietários do estabelecimento argumentam que a exploração dos animais exóticos já faz parte da tradição e conta com a aprovação das autoridades locais.
Por outro lado, a iniciativa passou a ser duramente criticada, ainda mais por causa da proximidade com o zoológico. “É totalmente inadequado para um zoo vender esses animais”, disse Ge Rui, do Fundo Internacional para o Bem-Estar dos Animais. “O zoológico deve promover o amor e a proteção dos animais. Mas este zoológico estimula o consumo. É algo irresponsável”.
“Embora seja legalizada, a prática não é humanitária”, lamenta Chang Jiwen, especialista da Academia Chinesa de Ciências Sociais.
Apesar do restaurante, o Zoológico de Pequim já teve atitudes ainda mais reprováveis. No passado, o parque citava o “sabor da carne” dos animais em exibição como uma das informações úteis aos visitantes.