Depois do site <i>Smoking Gun</i> publicar uma longa reportagem acerca de denúncias de fraude na ONG <i>Yele Haiti</i>, criada pelo rapper <b>Wyclef Jean</b> em 2005, o músico de origem haitiana respondeu às questões levantadas através de uma coletiva de imprensa.
De acordo com uma análise das declarações de custos da fundação, a Yele gasta mais com despesas administrativas do que o normal em fundações semelhantes. Além disso, foram feitos pagamentos a empresas de Wyclef e de outro membro da ONG, como o valor de 100 mil dólares por um concerto beneficente do músico em 2006 – o que indica que a ONG estaria financiando as despesas musicais do ex-<b>Fugees</b>.
Em sua defesa, Wyclef disse que toda a contabilidade da ONG está disponível para quem quiser ver e ainda mostrou muito conhecimento de causa para falar das finanças e responsabilidades da Yele, afirmando que a organização faz um trabalho sério e íntegro.
Nós cometemos erros? Sim. Eu usei dinheiro da ONG para benefício pessoal? Não!”, explicou o rapper. Os livros da Yele estão abertos e transparentes. Nós temos relatórios cristalinos de auditores, todos feitos anualmente por profissionais externos desde quando começamos a agir no Haiti.”
Segundo Wyclef e seu companheiro de trabalho Andre Harrell, presidente da Yele, a fundação foi erguida dos bolsos do próprio rapper e já ajudou mais de 27 mil estudantes do país a conseguirem bolsas de estudo e auxílios-tutela no país devastado pelo terremoto.
Em respostas às perguntas da imprensa, o presidente da ONG afirmou que a organização nunca fez os investimentos particulares que geraram as acusações do Smoking Gun e que ainda nem conseguiu redistribuir as doações que recebeu após o terremoto, tamanho o volume de valores.
“Quando eu estava no Haiti, trabalhei com a equipe da Yele no campo para aumentar nossos números de voluntários e para sermos capazes de conseguir segurança suficiente para os caminhões com mantimentos”, seguiu explicando o rapper. “Com isso, seremos capazes de ajudar nas distribuições para diversos lugares do país.”
