Jogar videogame pode ser tão viciante quanto a cocaína. Segundo um polêmico artigo assinado pelo terapeuta britânico Steve Papa, o vício crescente em jogos eletrônicos tem produzido efeitos colaterais semelhantes aos apresentados pelos usuários da droga.
“Passar duas horas em um videogame é equivalente a cheirar uma carreira de cocaína”, diz Papa, segundo o artigo publicado no jornal Lancashire Evening Post nesta terça-feira (25).
De acordo com o pesquisador, assim como o narcótico, o excesso de games provoca mudança no comportamento dos jovens que, entre outras coisas, perdem a vontade de ir à escola, roubam dinheiro dos pais para adquirir novos títulos, alteram o horário das refeições e até confudem a realidade com a fantasia dos videogames.
“É o vício que mais cresce. Ele afeta os jovens mentalmente e provoca problemas físicos, tais como a obesidade”, explica. Segundo uma estimativa do terapeuta, três em cada cinco menores de 16 anos jogam videogame no Reino Unido, um fato que é motivo de preocupação para os profissionais da saúde.
Entre outras coisas, Steve Papa cita o tratamento dado por clubes de futebol da Inglaterra para os esportistas que gostam de jogar videogame antes das partidas. “Muitos jogadores têm apresentado um desequilíbrio relacionado aos games que prejudica a performance em campo”. Como psicoterapeuta de um time, Papa decidiu proibir os atletas de jogar qualquer tipo de videogame 24 horas antes de uma partida.
Em um outro caso, o terapeuta lembra o exemplo de uma mãe que comprou um jogo para seu filho. “Eu olho para o passado e tenho a impressão de ter dado a primeira dose de uísque para meu filho”, explica a mulher ao ver o filho viciado no game.
Você concorda com Steve Papa e sua teoria do “efeito devastador” provocado pelos jogos de videogames?