Criador do uso de carros alegóricos no carnaval e autor de declarações polêmicas como: “Quem gosta de miséria é intelectual, o povo gosta de luxo”, Joãosinho Trinta ganhou o título de Cidadão Honorário de Brasília, onde mora há três anos, e pode ser considerado um patrimônio cultura brasileiro, que levou o luxo, a genialidade e a ousadia para a avenida.
Confira dez curiosidades sobre o carnavalesco mais famoso do Brasil, que completa 77 anos, neste sábado (23):
– De família pobre, viveu em São Luís (MA) e pertencia a um grupo de amigos e intelectuais que reunia Ferreira Gullar e José Sarney, entre outros. Aos18 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro.
– Cenógrafo e bailarino, montou diversas óperas no Teatro Municipal, entre elas, Aída, Tosca e O Guarani.
– Em 1963, Arlindo Rodrigues o convidou para auxiliá-lo na criação e nas alegorias para o desfile do Acadêmico do Salgueiro, que naquele ano apresentou o enredo Xica da Silva, com samba-enredo de Anescarzinho do Salgueiro e Noel Rosa de Oliveira. A escola foi campeã.
-Como carnavalesco, atuou nas principais escolas de samba além do Salgueiro: Beija-Flor, Viradouro e Grande Rio, de onde foi afastado em 2004, acusado de “delirante”. Foi o primeiro carnavalesco da Acadêmicos da Rocinha.
– Ícone do carnaval carioca, foi o primeiro a colocar carros alegóricos na avenida. Na época, foi acusado de descaracterizar as raízes do carnaval, e declarou: “Eu não mexi nas raízes, apenas arrumei vasos mais bonitos para elas”.
– Outra frase polêmica de sua autoria foi: Quem gosta de miséria é intelectual, em resposta aos ricos carros alegóricos criados para a Beija-Flor.
– Viajou pelo mundo levando shows de escolas de samba, além de dar palestras em empresas e universidades sobre o universo do carnaval.
– Foi o primeiro carnavalesco a aceitar, em 2003, patrocínio de uma grande empresa. Com o enredo O nosso Brasil que Vale, obteve um patrocínio de U$ 600 mil da Vale do Rio Doce.
– O ator Matheus Nachtergaele vai interpretar o papel do carnavalesco na cinebiografia Trinta.
– Em 2006, sofreu dois AVCs e mudou-se para Brasília onde vive até hoje e onde ganhou o titulo de Cidadão Honorário.
