O trabalho humanitário da pediatra, sanitarista e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, era reconhecido internacionalmente. Ela ganhou diversos prêmios por sua atuação na área social, seja à frente da entidade ou de outros organismos do qual participou. Zilda morreu no terremoto que atingiu o Haiti na noite de ontem (12).

Entre os prêmios internacionais, Zilda foi declarada em 2002 Heroína da Saúde Pública das Américas, título concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Também recebeu em 2000 a medalha Simón Bolívar, da Câmara Internacional de Pesquisa e Integração Social, o prêmio Social da Câmara de Comércio Brasil-Espanha, em 2005, entre outros.

No Brasil, recebeu em 2003 do governo mineiro a medalha da Inconfidência e o prêmio principal do evento As Mulheres Mais Influentes do Brasil, promovido pela  revista Forbes em 2005. Também foi premiada com o diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz, do Senado Federal, em 2005 e recebeu, no mesmo ano, o diploma e a medalha O Pacificador da ONU Sérgio Vieira de Mello concedido pelo Parlamento Mundial de Segurança e Paz.

Em 2008, Zilda deixou a coordenação da entidade para fundar a Pastoral da Pessoa Idosa. Os primeiros trabalhos da Pastoral da Criança começaram em 1983 em Florestópolis, no Paraná. A principal bandeira era o combate à mortalidade infantil.

Hoje a Pastoral da Criança conta com cerca de 260 mil voluntários. São pessoas que atuam em suas próprias comunidades e acompanham as famílias. Segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), 1,8 milhão de crianças de até 6 anos são beneficiadas pelas ações, além de 94 mil gestantes em 42 mil comunidades pobres em mais de 4 mil municípios. Zilda tinha cinco filhos e quatro netos.


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Trabalho humanitário de Zilda Arns era reconhecido internacionalmente