A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Janet Napolitano, disse nesta sexta-feira (22) que o terremoto no Haiti não deve ser encarado como uma oportunidade de emigrar para os Estados Unidos.

Em coletiva de imprensa na Espanha, onde esteve para participar no conselho de ministros de Interior da UE, Napolitano lembrou a decisão de Washington de conceder o status legal temporário aos haitianos que estavam ilegalmente nos EUA antes do terremoto.

“Isso permitirá a eles encontrar um trabalho e enviar remessas a seus parentes que ajudam na reconstrução”, disse Napolitano, que destacou que os que tentarem chegar aos EUA depois do terremoto serão repatriados.

Os EUA abriram nesta sexta-feira o prazo de inscrição para a obtenção do status de proteção temporário (TPS) para entre 100 e 200 mil haitianos ilegais.

Sobre a preocupação internacional pela adoção de crianças haitianas que ficaram órfãs após o terremoto, Napolitano afirmou que a tarefa fundamental “é a reunificação das famílias”, mas reconheceu que “era muito difícil a localização dos pais”.

A secretária americana frisou ainda que é preciso diferenciar esses casos dos outros em que os processos de adoção tinham começado antes do terremoto e já estavam fechados.

“Nos casos em que os processos de adoção já estavam fechados, estamos tentando acelerar a mudança das crianças para os EUA”, explicou.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) já afirmou que a adoção no exterior de crianças haitianas que tenham ficado órfãs após o terremoto deve ser a última opção e mostrou preocupação com a mudança delas para fora do país.

O terremoto, de 7 graus na escala Richter, aconteceu às 19h53 (Brasília) do dia 12 e teve epicentro a 15 quilômetros da capital, Porto Príncipe.


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Terremoto não é oportunidade de emigrar para os EUA, diz secretária americana