Milhares de taxistas de Nova York roubaram mais de US$ 8 milhões aplicando indevidamente tarifas mais altas aos clientes que levaram durante os últimos dois anos, segundo um relatório divulgado hoje pela Comissão de Táxis da cidade.
O jornal New York Times informou em seu site que a entidade que regula a atividade dos famosos táxis amarelos da “Grande Maçã” assegura que muitos de seus motoristas aplicaram tarifas incorretas em cerca de 1,8 milhões de deslocamentos, em uma fraude de mais de US$ 8,3 milhões.
A agência, que utilizou um sistema de GPS instalado nos táxis em 2008 para estudar as tarifas aplicadas pelos motoristas, detalhou que esse número representa uma cobrança média de US$ 4,45 a mais que o necessário.
A Comissão afirmou, no entanto, que embora a soma seja um número chamativo a fraude aconteceu apenas em 0,5% das 361 milhões de viagens realizadas nos 26 meses de avaliação.
A fraude aos usuários acontece por que alguns dos motoristas mudam manualmente o taxímetro para aplicar uma tarifa maior, referente aos condados de Westchester e Nassau, que não pode ser cobrada dentro da cidade de Nova York.
Do total de 13.237 táxis cadastrados na cidade, cerca de 3 mil efetuaram a mudança de tarifa em mais de cem ocasiões. Um dos taxistas envolvidos foi acusado de roubar US$ 40 mil só neste mês.
Para lutar contra a aplicação de tarifas abusivas, a comissão assegurou que em duas semanas instalará um sistema em todos os táxis que emitirá uma mensagem na tela de televisão que há na parte traseira dos veículos quando houver mudança manual de tarifa.