Uma mulher de 31 anos com paralisia total e uma doença neurológica degenerativa congênita escreveu uma carta às autoridades suecas pedindo que os médicos que tratam dela sejam autorizados a desligá-la do respirador ao qual está conectada há 25 anos.
O caso pode ser o primeiro a obrigar a Direção Nacional de Saúde e Bem-estar a tomar uma posição concreta sobre os limites da eutanásia ativa, assunto que nos últimos meses virou alvo de debates na Suécia, informa nesta quinta-feira (18) o jornal “Svenska Dagbladet”.
Presa a um respirador desde os 6 anos, a mulher reivindica o direito do paciente de decidir sozinho se quer ou não seguir o tratamento para continuar vivo. Ela também pede às autoridades que deem uma resposta à solicitação até meados do ano.
A mulher, cuja identidade não foi divulgada e que vive em casa com assistência permanente, lembra que não consegue respirar nem se movimentar sozinha, Portanto, também não é capaz de tirar a própria vida.
“Ajudem os serviços de saúde a nos ajudar. Nenhum ser humano no mundo consegue se asfixiar sozinho sem ter pânico estando consciente. Se tivesse como fazer isso eu mesma, já teria feito”, diz a paciente na carta divulgada pelo jornal.
O médico da sueca entrou em contato com a Comissão Ética da Associação de Médicos em busca de assessoria e já recebeu uma resposta positiva ao desejo da mulher.