Cerca de 7 mil presos devem continuar nas ruas de São Paulo após as saídas temporárias de final de ano. Dos 23.897 detentos que ganharam o benefício, por apresentarem bom comportamento, 30% passarão à condição de fugitivos, sendo que, ao longo de 2009, cerca de 6 mil presos tiveram direito a passar dias fora dos presídios e nunca mais voltaram para cumprir as penas.

Um estudo do Ministério Público paulista mostra que se todos esses fugitivos fossem presos, lotariam doze presídios de médio porte, enquanto os fugitivos esperados apenas com os benefícios de fim de ano são suficientes para lotar 14 penitenciárias do mesmo estilo.  Na opinião do promotor Pedro Juliotti é fácil demais para os presos ganharem a saída temporária.

Já para o juiz aposentado Luis Flavio Gomes o percentual de detentos que não volta das saídas temporárias é histórico em São Paulo, razão pela qual, de acordo com o magistrado, a única solução para terminar com as fugas é a obrigação da pulseira eletrônica nos beneficiários. A saída temporária beneficia sentenciados em regime semi aberto que possuam bom comportamento, e o objetivo da medida é fazer com que o detento comece a se reintegrar na sociedade antes mesmo do final de sua pena.


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Sete mil não retornarão para prisões após indulto

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