Seguindo o exemplo de vários artistas ao redor do globo como Pearl Jam, Radiohead e até dos pagodeiros do Jeito Moleque, o Sepultura se comprometeu com seus fãs em anular a emissão de carbono de toda sua turnê europeia.
A nada modesta excursão da banda pelo velho continente rola em duas pernas. A primeira começou no dia 3 de abril e vai até 16 de maio. A segunda vai de 17 de junho a 22 de agosto, totalizando 68 apresentações em pelo menos 62 cidades diferentes.
Os cálculos de emissão de carbono da turnê do Sepultura foram feitas pelo Instituto Triângulo de Desenvolvimento Sustentável. A organização concluiu que, nesta excursão, a banda iria emitir uma média de 400 toneladas de CO2, o popular gás carbônico.
“Quando soubemos o tanto de poluição que a banda gerava, ficamos assustados. Há muitos anos a gente pensava em minimizar nossos impactos, mas isso era impossível”, afirmou o guitarrista Andreas Kisser em comunicado oficial.
“Hoje nos parece não só possível, como necessário” , continuou. “Estamos muito felizes por sermos pioneiros, e ao mesmo tempo esperando que nossa atitude inspire outros artistas a fazerem o mesmo.”
Para começar, a banda financiará a plantação de cinco mil mudas de plantas nativas do Brasil em território nacional, incluindo o Jacarandá e o Pau Brasil, duas árvores amplamente utilizadas na construção de intrumentos musicais e acessórios para músicos.
Além disso, o Sepultura criou uma linha de camisetas de divulgação da turnê europeia, que serão vendidas na segunda parte dos shows da turnê e no fã-clube oficial da banda, em São Paulo.
As camisetas são todas feitas de material sintético, obtido através da reciclagem de garrafas PET. Todas as peças estarão prontas antes do primeiro show da segunda parte da extensa turnê.