Jogadores em final de temporada estão sempre mais sujeitos a contusão. O futebol, mais precisamente a Copa do Mundo, está programada para atender aos interesses comercias  e mercadológicos do Velho Continente. Quando terminada a temporada, e os jogadores estão prontos para as férias, o desafio: pela frente, a maior das competições.

Muitos se apresentaram para a disputa sem condições; outros nem foram convocados, já estavam contundidos mesmo antes da convocação final. Por conta disso, a FIFA permite a inclusão de mais sete suplentes que ficam de sobreaviso em caso de contusão de algum integrante da lista oficial.

O histórico de contusões e dispensas é grande em quase todas as seleções. No Brasil não é diferente.

Nas últimas dez Copas, apenas em 90 não houve alterações. Roberto Dinamite foi o mais “beneficiado”: em 78 substituiu Nunes, e em 82, ganhou o lugar de Careca.

Muitos outros, mesmo machucados, foram mantidos e recuperados durante a competição, como Zico, em 86.

Luis Fabiano mandou uma carta aos companheiros, disse que não podia correr riscos e pediu para se ausentar por causa de uma lesão muscular. Kaká passou o semestre inteiro tratando de uma pubalgia. Torcedores do Real Madrid chegaram a pedir sua saída.

Podem ter agido por orientação da comissão de Dunga, que sempre deixou claro que a seleção está acima de tudo. Os torcedores do Real devem ter outra opinião. Dois casos pontuais, e agora?

Robinho pelo Santos, outros 17 de Inter e Bayern, 12 por Sevilla e Atlético de Madri entrarão em campo decidindo por seus clubes na Copa dos Campeões, do Rei e Brasil.

Tem como entrar em campo, mesmo em decisões, jogar tudo (tudo mesmo), dividir, dar carrinho, partir pra cima sem receios, mesmo que no dia seguinte tenha que se apresentar ao seu país para disputar a COPA?

Robinho fez parte de uma verdadeira “operação resgate”, tudo para se apresentar bem: tem um jogo ( o jogo!!) antes de seguir com o grupo para Curitiba.

Será que torcedores de Santos, Bayern, Inter, Sevilla e Atlético entenderão caso seu time não marque (ou sofra) gols por jogadores que supostamente tirem o pé num lance decisivo?
 
Colaboração: Raphael Prates


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Semana decisiva: tirar ou colocar o pé em uma dividida?