Cansei de ser Sexy – Cansei de ser Sexy
A chave do primeiro álbum do CSS está no deboche, do
nome da banda, que surgiu em uma frase de Beyoncé, até o fato bem ligado à cultura punk, diga-se -,
de nenhum integrante (com exceção de Adriano Cintra), saber tocar
instrumentos musicais. Mas o CD fez um mosh da Internet para
críticos de música internacionais deslumbrados com tamanha
vitalidade, fruto do carisma da vocalista, Lovefoxxx, e do nonsense de
letras como Superafim, Alala, Alcohol e Meeting Paris Hilton.
(Vitor
Angelo, editor de Celebridades)
Marcelo D2 À Procura da Batida Perfeita
O segundo CD de D2 é um marco da música brasileira. Pela primeira
vez, o hip hop nacional ganha uma linguagem 100% brasileira e carioca.
Se o som mistura beats de rap com MPB e samba na verdade, não exatamente uma novidade , as
letras são herdeiras da malandragem cantada por bambas como Zeca
Pagodinho e Bezerra da Silva. Com um repertório inspirado, o disco é unânime entre manos,
sambistas, MPBistas e fãs de pop. Indispensável!
(Denis Moreira, editor
de Música)
Los Hermanos Bloco do Eu Sozinho
O Los Hermanos brigou para que o álbum chegasse às lojas, já que sua gravadora queria que o trabalho fosse regravado com outras músicas e arranjos diferentes. Mas Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante,
Bruno Medina e Rodrigo Barba bateram o pé e presentearam a década com o
álbum de rock mais consistente da cena nacional. Hits como A Flor e
Sentimental emocionaram indies, MPBistas e até quem não era
fã.
(Stefanie Gaspar, repórter de Música)
Los Hermanos Ventura
Bloco do Eu Sozinho resume melhor o que os Hermanos representaram, mas isso não impede que Ventura seja o álbum mais coeso da banda. As melhores letras de Marcelo Camelo estão lá: Conversa de Botas Batidas, A Outra e a catártica O Vencedor. Rodrigo Amarante aparece sem deixar que o desleixo estrague músicas sobre fila do pão (Último Romance) e outras trivialidades. O ruivo gosta do gasto e ama joguinhos de palavras dos mais pueris, mas os usa para construir sua melhor safra de canções, com destaque para a arrastada O Velho e o Moço.
(Braulio Lorentz, repórter de Música)
Mombojó Nadadenovo
Produzido no ano de 2004 em Recife, capital nacional da boa música
desde os anos 90, o disco de estreia do Mombojó saiu encartado na
revista Outra Coisa e, com tiragem de apenas 20 mil cópias,
esgotadou rapidamente. Com letras certeiras e melodias cativantes, a
banda ganhou fãs por rapidamente todo o país, graças à ótima recepção de
músicas como A Missa, Duas Cores e
Nem Parece. (Luiz Filipe Tavares, repórter de Música)
Marisa Monte – Memórias, Crônicas e Declarações de Amor
Antes da pirataria, esse disco foi emblemático como um dos últimos a
vender muito. Marisa quebrou seu próprio recorde (1,5 milhão de
cópias) e emplacou Amor I Love You em todas as rádios do país.
A produtora Conspiração Filmes, responsável pelo videoclipe, deu a cara tecnológica que os shows (de Marisa e toda MPB) passariam a
ter nessa década.
(Danilo Poveza, editor de Webradio)
Móveis Coloniais de Acaju Idem
Essa big band brasiliense chegou com tudo com seu álbum de estreia,
bebendo um pouquinho na fonte do skacore americano e
abraçando como bandeira o som do Leste europeu. Com letras divertidas e bem construídas, a banda
ergueu como seu castelo uma sólida base de fãs, especialmente por conta
de seus inimitáveis shows ao vivo e à qualidade do naipe de metais made
in Brasília.
(Luiz Filipe Tavares, repórter de Música)
Céu Céu
A cantora paulistana de voz angelical apareceu para o mundo em 2007,
via Trama, quando seu disco de estreia chegou às lojas e bateu 100 mil
cópias vendidas nos EUA, chegando ao número um no chart de World Music
da Billboard. Reggae, jazz, soul, samba e eletrônica se fundem no
caldeirão de influências de Maria do Céu, num disco respeitável de
faixas tão bonitas como A Lenda, Malemolência, 10
Contados e um cover mais do que maravilhoso para Concrete
Jungle, do mestre Bob Marley
(Luiz Filipe Tavares, repórter de Música)
Racionais MCs Nada Como Um Dia Após o Outro Dia
O CD mais recente dos paulistas não é tão bom quanto
Sobrevivendo no Inferno, de 1998. Mas nem por isso ficou de fora dessa
lista: qualquer disco lançado por Mano Brown e companhia é MUITO
melhor do que 99% do rap cantado em português. Nesse trabalho, o
quarteto segue fazendo uma crônica afiada do dia-a-dia na periferia, em
letras tão impressionantes quanto quilométricas como Vida Loka e Jesus Chorou. (Denis Moreira, editor de
Música)
Bonde do Rolê With Lasers
Marina Vello (ou, para os iniciados nos shows da banda, Marina
Anfetamina) e seu Bonde do Role fizeram barulho na cena musical
misturando elementos do rock, samples e uma bela dose de funk carioca e
obscenidade. O primeiro e único álbum do grupo não
traz hits que levavam a galera até o chão nos shows, como Melô do Vitiligo, mas representa bem a energia sem-vergonha e
subversiva dos curitibanos.
(Stefanie Gaspar, repórter de Música)