O presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, disse no início da tarde deste sábado que o número de vítimas no terremoto de 8,3 graus que atingiu a região centro-sul do país já chega a 122.

Mais cedo, o ministro do Interior chileno, Edmundo Perez Yoma, havia informado que o número oficial de mortos era de 82.

O forte abalo fez com que o Centro de Advertência do Pacífico emitisse alertas para possíveis tsunamis em diversas áreas do continente, como Chile e Peru. Posteriormente, esse alerta foi estendido para Estados Unidos, Colômbia, Panamá, Costa Rica e outras regiões da Antártida. O Japão também entrou em alerta.

O sismo, que durou cerca de um minuto, pôde ser sentido em várias áreas do continente, inclusive no Brasil. No Chile, várias casas ficaram sem energia e pessoas, com medo, deixaram seus lares e saíram às ruas. O epicentro do tremor foi localizado no mar, a 59 km de profundidade, em Maule, a 99 km da cidade de Talca.

Tremor foi sentido especialmente no litoral brasileiro

George Sand França, chefe do laboratório de Sismologia da Universidade de Brasília, conversou com a Jovem Pan e informou que esse tipo de abalo é comum naquela área do território chileno.

Segundo ele, “um grande corpo de placas” é responsável por esses danos. “Esse movimento [das placas] é contínuo. Então uma placa que é menos densa acaba colidindo com uma mais densa. E esse movimento é contínuo. O maior terremoto do mundo já identificado foi de 9,5 graus, no Chile”.

Ainda segundo ele, aquela área é mais preparada para esse tipo de evento justamente por causa dessas placas. Por isso, é provável que os danos registrados sejam mais brandos do que no Haiti, por exemplo. “O país é um país mais preparado, mas pode haver danos na região”, pontuou.

Para finalizar, o especialista comentou o fato de o terremoto ter sido sentido no Brasil, principalmente no litoral e nos prédios mais altos. Segundo ele, isso é normal e não vai fazer nenhum edifício cair.


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Piñera diz que mortos passam de 100 em terremoto

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