Pelo menos um assunto parece unir os partidos do governo e da oposição. Tanto o PT, do presidente Lula, quanto o PSDB, do principal pré-candidato da oposição, o governador de São Paulo José Serra, além do DEM, querem manter o esquema de doação oculta para campanhas eleitorais. Isso significa que os partidos não precisam especificar qual candidato receberá os recursos, o que permitiria identificar quem foi o doador.
O objetivo principal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é impedir que políticos recebam repasses ilegais. Atualmente, partidos não precisam especificar origem nem destino do dinheiro. O TSE também quer limitar a doação de empresas em 2% do faturamento bruto do ano anterior à eleição.
Um dos motivos que os partidos se opõe à proposta, é que avaliam que isso inibirá a doação de empresas que não querem ter seus nomes relacionados a partidos ou candidatos específicos. Além disso, de acordo com a ação apresentada ao TSE, classificam como muito difícil a tarefa de fazer a ligação entre quem doou e quem recebeu.