O desequilíbrio demográfico entre homens e mulheres na China aumentou em 2009, ano em que nasceram no país 119 meninos para cada 100 meninas, segundo relatório estatístico sobre o desenvolvimento social, publicado pelo Birô Nacional de Estatística (NBS, na sigla em inglês).

O NBS também informou que, no final do ano passado, a população da China era de 1,334 bilhões de habitantes, com um aumento de 6,7 milhões de pessoas em relação ao final de 2008.

Em 2009, nasceram no país mais povoado do mundo um total de 16,15 milhões de bebês, com um evidente desequilíbrio entre meninos e meninas.

Os dados reforçam a tendência na China, país que, segundo estudos oficiais recentes, terá em 2020 cerca de 24 milhões de solteiros.

Um dos motivos para a diferença são os abortos seletivos, oficialmente proibidos, que têm origem na preferência por meninos na sociedade patriarcal chinesa. Estes abortos sucedem com frequência nas áreas rurais, onde os serviços ilegais de seleção de sexo são acessíveis.

A política de um só filho, que foi implantada na China no final da década de 1970 para frear o crescimento demográfico, também tem influência na situação.

Assim, nos últimos anos, a tendência ficou cada vez mais marcante: em 1982 nasciam 108 chineses por cada 100 chinesas; na década de 1990 a proporção era de 111/100 e em 2000 chegou a 116/100.

O número atual, de 119 para 100, fica bem acima da média mundial, que é de 103 a 107 meninos por cada 100 meninas.


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Para cada 100 meninas, 119 meninos nasceram na China em 2009

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