O atacante Martín Palermo, que nesta segunda-feira se tornou o maior artilheiro da história do Boca Juniors, destacou hoje que há diferenças entre ele e seu companheiro Juan Román Riquelme e pediu soluções aos dirigentes do clube.
“Não sou amigo (de Riquelme), não tenho relação. A única coisa que nos une é jogar no domingo e defender as cores do Boca”, disse o atacante em declarações a rádios de Buenos Aires.
A imprensa esportiva argentina deu bastante destaque ao recorde alcançado por Palermo, que anotou dois gols contra o Arsenal de Sarandí e completou 220 com a camisa azul e amarela, mas agora voltou seu foco para os problemas de relacionamento entre o artilheiro e o meia.
Embora tenha dito que sua intenção “não é polemizar”, Palermo pareceu colocar mais lenha na fogueira quando lembrou que Riquelme, que deu o passe para o gol histórico, comemorou o feito com os torcedores e não com o atacante.
“Não quero entrar em polêmicas porque nunca fui disso. Acho que a prova está aí no que aconteceu.”, afirmou Palermo.
Apesar de chateado, o artilheiro disse que seria “baixar o nível” pedir à direção do Boca para que escolha entre Riquelme e ele na hora de renovar os contratos, em junho próximo, mas reconheceu que, em seus dez anos de convivência com o talentoso meio-campo, “a situação dentro do vestiário era de outra maneira”.
Palermo encerrou comentando a alegria que foi marcar o 219º gol pelo Boca com seu filho dentro do campo.
“Tive a sorte de fazê-lo e foi a maior felicidade que poderia ter acontecido para mim”, disse o atacante.