O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, insistiu na terça-feira (5) que o recente ataque fracassado contra o voo da Northwest Airlines no último dia 25 expôs erros “inaceitáveis” de Inteligência e anunciou reformas “imediatas”.

“Enfrentamos um desafio de extrema urgência”, disse Obama após se reunir com membros de seu Gabinete e sua equipe de segurança nacional.

Segundo o presidente americano, o que aconteceu no último Natal comprova que a rede terrorista Al Qaeda “e seus aliados extremistas não se deterão diante de nada em seu esforço para matar americanos”.

Para Obama, os sistemas de segurança dos EUA falharam de forma “potencialmente desastrosa” ao permitir que Umar Farouk Abdulmutallab, um jovem nigeriano de 23 anos, embarcasse em um voo de uma companhia aérea americana com explosivos em sua roupa.

O presidente americano assegurou que a Inteligência dos EUA tinha informação suficiente para detectar e “potencialmente” desarticular o atentado fracassado.

“A comunidade de Inteligência fracassou no momento de cruzar todos os dados, o que teria colocado o suspeito na lista de pessoas que não têm permissão para voar”, ressaltou Obama.

Após o incidente, Obama pediu duas revisões paralelas. A primeira está a cargo da secretária de Segurança Nacional, Janet Napolitano, e avalia os sistemas de revista nos aeroportos e as mudanças necessárias para uma maior efetividade.

A segunda, liderada pelo assessor em temas antiterroristas de Obama, John Breenan, deve determinar como as listas de vigilância terrorista podem funcionar melhor. “Esta revisão em andamento continua revelando mais erros humanos e sistêmicos que quase custaram a vida de 300 pessoas”, afirmou o governante.

“Quero recomendações específicas para ações corretivas, para solucionar o que não funcionou”, acrescentou Obama, ao pedir que “essas reformas sejam implantadas de forma imediata para que o ocorrido não se repita” e que ataques futuros sejam evitados.

O presidente americano mencionou que anunciará nos próximos dias medidas de segurança adicionais as já adotadas e que incluem a inspeção exaustiva de cidadãos de 14 países, entre eles Iêmen, Nigéria e Arábia Saudita.


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Obama reitera que erros em segurança são inaceitáveis e promete reformas

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