A criação de empregos será “o objetivo principal de 2010”, prometeu na noite da quarta-feira (27) o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em seu esperado discurso sobre o Estado da União, onde a economia foi o principal assunto.
Diante da realidade de um desemprego de 10% e um déficit fiscal de US$ 1,35 trilhões para este ano, Obama propôs uma série de medidas destinadas a criar postos de trabalho. “O emprego deve ser nosso objetivo número um em 2010, e por isso peço este ano um projeto de lei para a criação de novos trabalhos”, disse.
Assim, Obama quer usar US$ 30 bilhões dos empréstimos devolvidos por Wall Street para que os bancos comunitários, que são pequenas entidades locais, estendam mais créditos às empresas e elas possam efetuar mais contratações.
O presidente também propôs um incentivo fiscal para as empresas que contratarem mais ou elevarem os salários, além de incentivos tributários para fomentar o investimento. Ele se comprometeu ainda em dobrar as exportações nos próximos cinco anos, criando, assim, dois milhões de postos de trabalho.
“Temos que buscar novos mercados energicamente, do mesmo modo que nossos concorrentes. Se não assinarmos novos acordos comerciais, perderemos a oportunidade de criar empregos em nosso território”, disse Obama.
As propostas econômicas do presidente americano incluíram também – como a Casa Branca tinha divulgado nos últimos dias – o congelamento parcial do gasto público, à exceção das verbas destinadas à defesa, à segurança, às pensões e à saúde.
Com isso, Obama quer economizar cerca de US$ 250 bilhões nos próximos dez anos.
Saúde e Guerra
O presidente também discursou sobre a reforma da saúde, grande prioridade legislativa em 2009, que está ameaçada depois que os democratas perderam a maioria absoluta no Senado na semana passada.
“Não vamos abandonar a reforma. Não agora. Não quando estamos tão perto. Vamos encontrar uma via para nos unir e completar o trabalho em benefício do povo americano”, pediu.
Por fim, Obama não deixou de comentar sobre a atuação do país no conflito no Iraque. “Estamos entregando o Iraque de maneira responsável à sua população”, disse.
“A guerra está perto do fim”, completou Obama, que prometeu ainda retirar todos os militares americanos do Iraque até o fim de agosto.
